Os povos Maya nos oferecem, com o Movimento Zapatista, o melhor exemplo contemporâneo de uma insurreição bem sucedida contra o monstro bicéfalo Estado-Mercado que oprime as minorias étnicas e outras do planeta. Um exemplo que inspira e desafia, não u m modelo imóvel que se copia e se “aplica”. Pois o zapatismo segue incansavelmente se reinventando, trinta anos após o levante de 1º de janeiro de 1994. O livro de Ana Paula Morel, indo além dos comunicados oficiais do Movimento, descreve a intensa d inâmica intelectual do cotidiano das comunidades autônomas zapatistas. A autora viveu em Chiapas e foi aluna de espaços educativos indígenas, propondo uma experimentação com a “imaginação conceitual” de educadores tzotzil. As teorias educativas indíg enas zapatistas realizam uma poderosa crítica do capitalismo enquanto “des-lugarização”, a separação das pessoas de seus lugares, a abstração violenta dos vínculos constitutivos de todos os povos indígenas, a começar pela relação destes com a terra — e, portanto, com a Terra.
O livro traz ainda uma reflexão sobre o urgente chamado zapatista ao advento de “um mundo onde caibam muitos mundos” — lema que não só exprime a solidariedade entre os múltiplos mundos que se veem diante do colapso ecoló gico global, como propõe uma transformação radical dos pressupostos metafísicos que habilitaram o Antropoceno. Como dizem as Declarações da Selva Lacandona, é preciso que as palavras verdadeiras caminhem pelos muitos mundos que queremos.
num_paginas
: 160
ano_edicao
: 2022
num_edicao
: 1
data_lancamento
: 1900-01-01
isbn13
: 9788569536932
ean
: 9788569536932
autor
: Ana Paula Morel
origem
: NACIONAL
editora
: AUTONOMIA LITERARIA
encadernacao
: BROCHURA
situacao
: 2
peso
: 0.300
altura
: 1.000
largura
: 14.000
comprimento
: 21.000
sinopse
: Os povos Maya nos oferecem, com o Movimento Zapatista, o melhor exemplo contemporâneo de uma insurreição bem sucedida contra o monstro bicéfalo Estado-Mercado que oprime as minorias étnicas e outras do planeta. Um exemplo que inspira e desafia, não u m modelo imóvel que se copia e se “aplica”. Pois o zapatismo segue incansavelmente se reinventando, trinta anos após o levante de 1º de janeiro de 1994. O livro de Ana Paula Morel, indo além dos comunicados oficiais do Movimento, descreve a intensa d inâmica intelectual do cotidiano das comunidades autônomas zapatistas. A autora viveu em Chiapas e foi aluna de espaços educativos indígenas, propondo uma experimentação com a “imaginação conceitual” de educadores tzotzil. As teorias educativas indíg enas zapatistas realizam uma poderosa crítica do capitalismo enquanto “des-lugarização”, a separação das pessoas de seus lugares, a abstração violenta dos vínculos constitutivos de todos os povos indígenas, a começar pela relação destes com a terra — e, portanto, com a Terra.
O livro traz ainda uma reflexão sobre o urgente chamado zapatista ao advento de “um mundo onde caibam muitos mundos” — lema que não só exprime a solidariedade entre os múltiplos mundos que se veem diante do colapso ecoló gico global, como propõe uma transformação radical dos pressupostos metafísicos que habilitaram o Antropoceno. Como dizem as Declarações da Selva Lacandona, é preciso que as palavras verdadeiras caminhem pelos muitos mundos que queremos.