a Branca VOZ da Solidão
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Uma das mais originais poetisas da literatura universal, tão original e tão grande, que melhor convém chamar-lhe poeta. Jorge de Sena Emily Dickinson realiza o máximo de magia com o mínimo de sons, tira todo o efeito po ssível do amplo estoque de palavras da língua inglesa, e com tudo isso guarda uma simplicidade de canção popular, uma ingenuidade infantil, ora travessa, ora magoada. Paulo Rónai Essa mulher, que poucos viram e pouco viu na vida, ostent a uma sabedoria de percepção ontológica e de expressão verbal raríssima em qualquer poeta. Mario Faustino Moça bela e prendada que não se sujeitou ao casamento, numa época em que muitas opções eram negadas às mulheres, Emily Dickinson dedicou- se, depois de adulta, a uma vida de completa reclusão, tendo passado mais de vinte anos sem sair de casa e sem receber visitas. Suas únicas tarefas eram cuidar da mãe doente, cozinhar e cultivar flores exóticas, além, é claro, de fazer versos. Nos bo lsos do avental ou do vestido branco que costumava usar havia sempre lápis e papel, e entre uma ocupação e outra ela rabiscava os seus poemas. Alguns deles eram passados a limpo em cadernos, outros eram enviados a amigos e parentes com os quai s ela se correspondia, e outros ainda, na forma de esboços ou de rascunhos quase indecifráveis, eram engavetados. Foram assim encontrados, depois de sua morte, uns na mais completa desordem, outros em mãos de terceiros. O trabalho de edição de sua obra coube de início a um crítico literário, Thomas Higginson, que não apreciava a sua poesia e por mais de uma vez a havia aconselhado a não publicá-la, e à amante de seu irmão, Mabel Loomis Todd, que ela se negara a conhecer pessoalmente. Edit ados e formatados ao gosto de cada época, os poemas de Emily Dickinson tornaram-se ao longo dos anos um sucesso de vendas e foram aos poucos conquistando a crítica literária, que antes via nela uma simples “poetisa” de ocasião cujos versos “estranhos ” e “difíceis” não se enquadravam nos ideais estéticos da poesia lírica, e que hoje a consagrou como uma das maiores expressões da literatura universal.
Atributos
- num_paginas:
- 352
- ano_edicao:
- 2000
- num_edicao:
- 1
- data_lancamento:
- 1900-01-01
- isbn13:
- 9788573213331
- ean:
- 9788573213331
- autor:
- Emily Dickinson
- origem:
- NACIONAL
- editora:
- ILUMINURAS
- encadernacao:
- BROCHURA
- situacao:
- 2
- peso:
- 0.488
- altura:
- 2.000
- largura:
- 16.000
- comprimento:
- 23.000