Amantes da Noite, OS - Coleção Negra

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Apresentado ao público brasileiro em A hora da morte, estréia de Petros Markari na Coleção Negra, o comissário Kostas Xaritos — um chefe de polícia de meia-idade, pessimista e mal-casado, que relaxa lendo dicionários — está de volta em mais uma trama instigante, que revela um submundo e os costumes peculiares da Grécia contemporânea que poucos conhecem. Aclamado no mundo inteiro por seus romances policiais, permeados por enredos complexos e habitados por vilões e heróis extremamente humanos, o a utor — que é também roteirista de filmes do diretor Theo Angelopoulos (A eternidade e um dia) — imprime em OS AMANTES DA NOITE seu estilo cuidadoso e sucinto. De férias em uma paradisíaca ilha grega, Xaritos tem sua tão almejada paz interrompida p or desastres naturais e pela violência inata do homem. Em um dos raros momentos de tranquilidade que consegue longe da família para ler o Dicionário do Dimitrákou, a ilha é vitimada por um terremoto. Poucas casas restam inteiras, e aquela em que o c omi ssário está hospedado não é uma delas. Como se não bastasse ter de se acostumar a passar o resto das férias dormindo em praça pública, a polícia local o procura para colocá-lo de volta ao trabalho. Os deslizamentos provocados pelos tremores fize ram emergir um corpo, portando nada além de uma cueca e sinais de luta. As pontas dos dedos foram queimadas, para que não fosse possível identificá-lo por meio das impressões digitais. A solução do caso é quase impossível, mas o comissário não desis te, e o chefe da polícia local pede-lhe que investigue outro assassinato até que os peritos identifiquem o primeiro morto. O segundo cadáver é de Konstantino Koústas, um figurão das noites de Atenas, dono de restaurantes e casas noturnas, morto a t iros. Tudo aponta para possíveis negócios escusos do empresário, mas conforme as investigações avançam, e a identidade da vítima do primeiro caso emerge, o comissário suspeita estar diante de crimes interligados. Numa conclusão arrebatadora, Petros Markar