Os Homens de Barro, de 1949, foi a terceira peça teatral escrita por Ariano Suassuna, sobrevindo a Uma Mulher Vestida de Sol, de 1947, e Cantam as Harpas de Sião, de 1948. A presente edição traz o texto revisto pelo autor em 2003, com apresentação do professor, crítico e dramaturgo pernambucano Luís Reis. Marcados pelo desamparo e pelo desamor, os personagens da trama se abrigam no fanatismo religioso, elemento estruturante da peça. Trata-se de uma tragédia de viés moderno, na qual o sofrimento dos personagens não é resultado de imponderáveis armadilhas do destino ou inescapáveis desígnios dos deuses, como era comum nas tragédias gregas. A dor e a morte resultam de uma intrincada sobreposição de fatores psicológicos e de fatores socioeconôm icos. Sem abdicar do caráter transcendental predominante nas tragédias, o autor não se furta de trazer à cena, ainda que em segundo plano, uma crítica incisiva às injustiças sociais, tão evidentes no sertão nordestino, mostrando como os poderosos age m para desarticular movimentações coletivas potencialmente ameaçadoras ao poder estabelecido.
num_paginas
: 136
ano_edicao
: 2023
num_edicao
: 1
data_lancamento
: 1900-01-01
isbn13
: 9786556404646
ean
: 9786556404646
autor
: Ariano Suassuna
origem
: NACIONAL
editora
: NOVA FRONTEIRA / GRUPO EDIOURO
encadernacao
: BROCHURA
situacao
: 2
peso
: 0.196
altura
: 0.800
largura
: 13.500
comprimento
: 20.800
sinopse
: Os Homens de Barro, de 1949, foi a terceira peça teatral escrita por Ariano Suassuna, sobrevindo a Uma Mulher Vestida de Sol, de 1947, e Cantam as Harpas de Sião, de 1948. A presente edição traz o texto revisto pelo autor em 2003, com apresentação do professor, crítico e dramaturgo pernambucano Luís Reis. Marcados pelo desamparo e pelo desamor, os personagens da trama se abrigam no fanatismo religioso, elemento estruturante da peça. Trata-se de uma tragédia de viés moderno, na qual o sofrimento dos personagens não é resultado de imponderáveis armadilhas do destino ou inescapáveis desígnios dos deuses, como era comum nas tragédias gregas. A dor e a morte resultam de uma intrincada sobreposição de fatores psicológicos e de fatores socioeconôm icos. Sem abdicar do caráter transcendental predominante nas tragédias, o autor não se furta de trazer à cena, ainda que em segundo plano, uma crítica incisiva às injustiças sociais, tão evidentes no sertão nordestino, mostrando como os poderosos age m para desarticular movimentações coletivas potencialmente ameaçadoras ao poder estabelecido.